tag:blogger.com,1999:blog-90972433297518389912024-02-20T02:16:26.959-08:00O LampejoO LAMPEJOhttp://www.blogger.com/profile/03732533512051957496noreply@blogger.comBlogger21125tag:blogger.com,1999:blog-9097243329751838991.post-70457469443389169472014-05-29T12:27:00.002-07:002014-05-29T12:27:52.718-07:00São Paulo, 6 de Germinal do ano 225 da Era pós revolucionária.<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #37404e; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">São Paulo, 6 de
Germinal do ano 225 da Era pós revolucionária.</span><span style="color: #37404e; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;"><br />
<br />
<span style="background: white;">Meu Amor.</span><br />
<span style="background: white;">Há tempos penso em
te escrever, mas o espaço/tempo parece estacionado no mesmo lugar.</span><br />
<span style="background: white;">Ainda há fome e
guerras pelo mundo e o medo ainda habita o olhar das pessoas.</span><br />
<span style="background: white;">Não é passado,
presente ou futuro e ainda há muito pelo que lutar.</span><br />
<span style="background: white;">Mas não é correto
dizer que nada mudou.<span class="apple-converted-space"> </span></span><br />
<span style="background: white;">A chama da
Revolução ainda arde em nossos peitos<span class="apple-converted-space"> <span class="textexposedshow">e a flâmula da Paixão nos inspira
a seguir lutando, acreditando, cada dia mais.</span><br />
<span class="textexposedshow">Quando tudo parece improvável, quando tudo parece
impossível, esta fé inabalável na humanidade vem nos salvar.</span><br />
<span class="textexposedshow">E quando o meu olhar pousa sobre o teu e mira o
ardor da tua fé, da tua vontade, da tua convicção é a minha fé, a minha
vontade, a minha convicção que se reavivam.</span><br />
<span class="textexposedshow">Por um breve instante pensei em desistir.</span><br />
<span class="textexposedshow">Houve um ínfimo e breve instante em que pensei que
tínhamos perdido,</span><br />
<span class="textexposedshow">que haviam nos derrotado, que o amor seria, para
sempre, proibido.</span><br />
<span class="textexposedshow">E que o Sol nunca mais refletiria teu sorriso.</span><br />
<span class="textexposedshow">Mas um instante é nada diante da Eternidade.</span><br />
<span class="textexposedshow">E a História começa no exato momento em que o meu
olhar pousa sobre o brilho vivo da chama Sagrada do teu olhar.</span><br />
<span class="textexposedshow">Desde então nada mais é impossível e eu luto
incansavelmente para plantar sorrisos nos rostos das crianças.</span><br />
<span class="textexposedshow">E eu sonho, grito e canto por um mundo onde todas
as formas de amor sejam cultuadas.</span><br />
<span class="textexposedshow">Onde a ternura habite o coração de cada ser e
ninguém nunca mais precise chorar.</span><br />
<span class="textexposedshow">Mas, se por acaso, ainda assim, alguém queria
chorar, que possa fazê-lo desmedidamente, sem medo, sem censura, sem pudor.</span><br />
<span class="textexposedshow">Pois em cada esquina, em cada praça, em cada lugar
onde houver alguém haverá sempre um ombro sobre o qual se apoiar.</span><br />
<span class="textexposedshow">Pois haverá um dia em que a Liberdade, a Igualdade
e a Fraternidade caminharão de mãos dadas com todas as pessoas entoando cânticos
de exaltação a tudo aquilo que é livre, tudo aquilo que é puro, tudo aquilo que
é belo dentro de cada ser.</span><br />
<span class="textexposedshow">E neste dia eu estarei tão junto a ti como se cada
partícula do teu corpo habitasse o meu ser, como se todas as flores, todas as
árvores, todas as crianças e adultos do planeta fossem uma coisa só.</span><br />
<span class="textexposedshow">E o Céu sobre nossas cabeças também fizesse parte
de nós.</span><br />
<span class="textexposedshow">E a Mãe- Terra sob nossos pés fosse, ela mesma, os
nossos pés.</span><br />
<span class="textexposedshow">E as Estrelas, A Lua, os Cometas, fossem todos
nossos irmãos.</span><span class="apple-converted-space"> </span><br />
<span class="textexposedshow">Filhos da mesma massa, matéria-energia, que dá vida
à todas as coisas deste Universo.</span><br />
<span class="textexposedshow">E o Sol, neste dia, brilhará como nunca brilhou
estrela alguma em Universo algum só para refletir o detalhe único que há em
cada sorriso de cada um de nós, que somos todos iguais e todos tão diferentes.</span><br />
<span class="textexposedshow">Mas destes sorrisos eu quero olhar apenas um...</span><br />
<span class="textexposedshow">Vou deitar sobre a relva e descansar sobre a
sombra, à Luz de uma Nova Era.</span><br />
<span class="textexposedshow">Saciada.</span><br />
<span class="textexposedshow">Missão cumprida.</span><br />
<span class="textexposedshow">Um novo ser numa nova sociedade.</span><br />
<span class="textexposedshow">E se um dia alguém me perguntar porque eu vou
responder que foi por Amor.</span><br />
<br />
<span class="textexposedshow">(Audrei Teixeira)</span></span></span></span><o:p></o:p></div>
O LAMPEJOhttp://www.blogger.com/profile/03732533512051957496noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9097243329751838991.post-88675546118950876322014-03-10T10:03:00.000-07:002014-03-10T10:03:08.874-07:00Alienação econômica e espiritual
<br />
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: Arial;">
Existe na filosofia política um conceito, muito utilizado pelos marxistas, que
é a alienação. A palavra alienar significa separar, transferir. Em economia
chamamos alienação o processo em que o trabalhador é separado do conjunto de
toda a produção e tem a sua função limitada a um pequeno aspecto desta.
Por exemplo, um artesão que antes produzia sapatos, agora é um operário
especializado em produzir uma parte do solado. A alienação também se refere ao
fato de o trabalhador ser separado do fruto de sua produção, ou seja, ele não é
proprietário do objeto que produziu e também não é ele quem lucrará com esta
produção.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: black; font-family: Arial;">Também existem outras formas específicas
nas quais a alienação se manifesta, além da alienação propriamente dita, ainda
existem os conceitos de fetichismo da mercadoria e de reificação.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: black; font-family: Arial;">A palavra fetichismo vem de fetiche
(feitiço), isto significa que no atual sistema econômico a mercadoria tem um
status de divindade, prestam-se honrarias à mercadoria e o valor do ser humano
é medido pelos bens materiais que ele possui.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: black; font-family: Arial;">Já a reificação é o processo de
“coisificação” do ser humano. Neste modelo econômico o ser humano é tratado
como uma máquina, como mais uma peça na linha de produção e é privado do seu direito
de sentir e manifestar sentimentos.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: black; font-family: Arial;">Sendo assim, vivemos numa sociedade em
que o ser humano é tratado como um objeto e o objeto é tratado como uma
divindade e, o mais grave, o ser humano está separado de si mesmo, isto é, está
alienado no sentido mais profundo da palavra.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: black; font-family: Arial;">A alienação se manifesta nas mais
variadas esferas da vida humana, nos relacionamentos pessoais, na família, nas
relações sociais e de trabalho e não apenas na produção econômica.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: black; font-family: Arial;">Mas sem dúvidas, existe um aspecto no
qual a alienação ocorre de maneira mais radical nesta sociedade urbana e
superindustrializada, é a alienação entre o ser humano e aquilo que ele tem de
mais divino dentro de si, a alienação espiritual.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: black; font-family: Arial;">Este tipo de alienação se manifesta de
diversas formas e é possível dizer, sem exageros, que ele também está atrelado
à alienação econômica. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: black; font-family: Arial;">O primeiro aspecto no qual o ser humano
se aliena em relação ao espiritual é quando ele é retirado de seu habitat, a
natureza, e passa a viver no meio urbano, se vendo assim como um ser isolado do
resto da natureza. O ser humano não se percebe mais como parte da natureza e
acredita que esta tem um valor funcional, acredita que é legítimo extrair dela
tudo o que puder, e com o avanço da industrialização esta extração se torna
cada vez mais intensa atingindo limites sem precedentes a ponto de tornar os
recursos naturais cada vez mais escassos e deixar o planeta a beira do colapso.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: black; font-family: Arial;">Tudo isso para que as pessoas possam
satisfazer seu consumismo, seus impulsos fetichistas.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: black; font-family: Arial;">E é aí que se dá uma inversão muito
irônica: O ser humano mata seus deuses (pois a natureza é o meio pelo qual a
Divindade se manifesta no nosso planeta) para construir objetos que depois ele
vai cultuar. Aí ele já foi alienado diversas vezes, uma por não se perceber como
parte da natureza e também por ser retirado do seio dela, outra por não
perceber que a natureza é o Sagrado e que ela já nos dá tudo o que precisamos e
outra por tratar o sagrado como algo funcional e por tratar objetos funcionais
como coisas sagradas.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: black; font-family: Arial;">Outro aspecto da alienação espiritual
está bastante ligado à reificação. Quando perguntamos para um ser humano o que
ele é, ele responde normalmente algo ligado à profissão que executa, ao seu
papel no sistema econômico, ao seu status social, enfim, essas coisas
mesquinhas. Ele nunca responde que é um ser divino, uma manifestação da
Divindade, uma parte de um Todo que é Divino, porque o ser humano já não se
enxerga assim. O indivíduo é avaliado pelos demais e se autoavalia pela função
econômica que exerce e, na maior parte dos casos, já se esqueceu, se é que um
dia soube, que existe uma centelha divina dentro de si, que há uma centelha
divina dentro de cada ser. É isso que legitima aos olhos da sociedade as
atrocidades que uns seres humanos cometem uns com os outros, as pessoas não
respeitam nem a divindade que há em si, nem a divindade que há no outro,
vendo-se, assim, como concorrentes, como competidores disputando status e a
posse de coisas que são sagradas e que, portanto, não pertencem a ninguém
exclusivamente, como a terra, por exemplo, e os frutos que ela nos dá.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: black; font-family: Arial;"> Aliás, essa própria divisão entre o
eu e o outro deve ser questionada já que do ponto de vista político o ser
humano é um ser social e do ponto de vista espiritual nós somos partes de um
Todo maior e sagrado.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: black; font-family: Arial;">No entanto, há outro aspecto no qual a
alienação espiritual se manifesta, porém este quase nem é percebido, pois já
está extremamente introjetado na sociedade: É a ditadura da ciência, da razão e
do materialismo sobre os aspectos sentimentais e espirituais.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: black; font-family: Arial;">É evidente que a contribuição da ciência
é algo inquestionável e que a razão é um aspecto muito importante na vida
humana, não é isto que está sendo questionado, a questão que se coloca é o que
acontece quando a ciência serve apenas a propósitos materialistas e quando a
razão é fria, desprovida de sentimentos. A história já mostrou o que surge
desta mistura de razão, ciência e materialismo, quando estes três aspectos se
sobrepõem aos demais. Isto leva à bomba atômica, às grandes guerras mundiais,
ao genocídio e a tudo que sirva aos propósitos de acumulação econômica em
detrimento da vida humana.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: black; font-family: Arial;">Parece absurdo. E é absurdo mesmo pensar
que na história recente da humanidade se matavam pessoas portadoras de
necessidades especiais porque estas não podiam produzir e ainda geravam
despesas. Há quem argumente que isso só ocorria em regimes fascistas, pelo
menos oficialmente, mas o que é o fascismo senão esta ditadura da ciência, da
razão e do materialismo levada às últimas consequências, senão o positivismo
levado às últimas consequências.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: black; font-family: Arial;">Mas nós vivemos sob o peso do positivismo
ainda, quem tiver dúvidas quanto a isto é só visitar uma escola e ver com esta
sociedade educa as crianças de uma maneira fragmentada e materialista. Digo, é
claro que o Estado e a educação devem ser laicos, mas daí para afirmar para os
estudantes que uma determinada teoria é a verdade absoluta, como se não
houvesse outros pontos de vista, como se não houvesse outras verdades
possíveis, isto é a ditadura da ciência e da razão.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: black; font-family: Arial;">Pode parecer irônico utilizar conceitos
de economia política para falar de espiritualidade, mas isso não é por acaso.
Isto se dá fundamentalmente porque a economia e a ecologia estão ambas ligadas
àquilo que aqui consideramos a manifestação do Sagrado: a natureza. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: black; font-family: Arial;">A raiz etimológica destas duas palavras é
a mesma: <i>Ekos</i>, que vem do grego e significa <i>casa</i>, ou seja, o
planeta, a própria natureza. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: black; font-family: Arial;">Enquanto a ecologia é o estudo do ekos,
da natureza, a economia é o estudo da racionalização dos recursos do ekos, da
natureza, ou seja, é a forma que as sociedades encontram de utilizar o
potencial da natureza de uma maneira equilibrada, de modo que as pessoas
consigam garantir a sua sobrevivência e garantir, ao mesmo tempo, a preservação
destes recursos.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: black; font-family: Arial;">Sendo
assim, a alienação do indivíduo em relação ao seu aspecto espiritual serve a
propósitos econômicos, serve à sua exploração econômica.<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: black; font-family: Arial;">E
surge a partir do momento em que as sociedades se dissociam, se alienam do
caráter sagrado da natureza e passam à vê-la apenas como algo funcional, que
deve servir aos propósitos egoístas do seres humanos, que, como dissemos, já
não se percebem mais como seres naturais.<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: black; font-family: Arial;">A solução para a sociedade, então, seria
a superação desta contradição, entre natureza/humanidade/espiritualidade versus
economia, já que a própria etimologia nos mostra o quanto essa contradição é
falsa.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: black; font-family: Arial;">Em síntese, a solução passaria por vários
aspectos. O primeiro é que na esfera individual as pessoas retomassem essa
consciência do sagrado que há em si e em cada ser humano. Que na esfera social
as pessoas se organizassem a partir de laços de solidariedade e fraternidade,
liberdade e companheirismo, ou seja, que a organização política da sociedade se
construísse a partir de certos valores universais dos quais tanto se fala e
pouco se pratica hoje em dia. E que na esfera econômica a sociedade encontrasse
uma forma de produção que respeitasse os limites da natureza, mas não apenas a
sustentabilidade marqueteira, mas um modo de produção que não sobrepusesse o tecnicismo
e a produção desenfreada de mercadorias aos valores humanos e naturais.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: black; font-family: Arial;">Para isso seria necessário que antes,
nós, seres humanos, superássemos nossos ímpetos consumistas e fetichistas e nos
voltássemos para aquilo que de fato importa: a valorização do sagrado. Do
sagrado que há em cada um de nós e que nos circunda, a nossa Mãe-Natureza que
nos dá tudo aquilo de que necessitamos e que há milênios a humanidade vem
espoliando em nome de regimes econômicos que se baseiam na falsa ideia de que o
ser humano é algo separado da natureza e que esta deve servir aos seus
propósitos, regimes que perpetram e perpetuam a alienação espiritual, pois se
valem dela para lucrar com os falsos deuses que se vendem nas lojas e
concessionárias.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: black; font-family: Arial;"> <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: black; font-family: Arial;"> <o:p></o:p></span></div>
<br />
<br />
<br />
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: black; font-family: Arial;">
Audrei Teixeira <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: black; font-family: Arial;"><span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Abril de 2013<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: black; font-family: Arial;">
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span> <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: black; font-family: Arial;"> <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: Arial;"><o:p> </o:p></span></div>
O LAMPEJOhttp://www.blogger.com/profile/03732533512051957496noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9097243329751838991.post-33059065454865347132013-12-22T16:33:00.003-08:002013-12-22T16:35:30.487-08:00Pathos<!--[if gte mso 9]><xml>
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<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">No colo virgem
da Mãe Deusa</span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">explode o
jorro sacro da criação</span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">Deste louco
amor</span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">que explode </span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">e expande
átomos</span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">somos feitos</span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">Filhos da
Divina Luxúria</span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">Ato de
emancipação</span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">em que o
ímpeto criativo</span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">da Divindade</span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">a Vontade
Primordial</span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">foi consumada</span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">Frutos do
Divino Orgasmo</span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">que se expande
pelo</span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">espaço/tempo
afora</span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">Paixão que
transcende dimensões</span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">capaz de
explodir estrelas</span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">e dar vida à
Universos</span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">Me espanta </span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">que à alguns
surpreenda </span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">o fato de
sermos</span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">tão
passionais.</span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;"> (Audrei Teixeira) </span></div>
O LAMPEJOhttp://www.blogger.com/profile/03732533512051957496noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9097243329751838991.post-60321977389072464042013-12-08T05:52:00.000-08:002013-12-22T16:25:20.293-08:00A Estrela e a Lua<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13.333333015441895px; line-height: 18px;">Nada é mais belo que o fulgor ardente </span><br />
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13.333333015441895px; line-height: 18px;">de uma estrela apaixonada </span><br />
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13.333333015441895px; line-height: 18px;">em uma noite qualquer no hemisfério sul.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13.333333015441895px; line-height: 18px;">Mas como é possível à uma estrela iluminada</span><br />
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13.333333015441895px; line-height: 18px;">ser ofuscada pelo próprio brilho</span><br />
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13.333333015441895px; line-height: 18px;">refletido no olhar de sua amada?</span><br />
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13.333333015441895px; line-height: 18px;">E o que é o Luar senão</span><br />
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13.333333015441895px; line-height: 18px;">o desejo de nossas almas em ardor</span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13.333333015441895px; line-height: 18px;"><br />refletidos num ser distante e gélido<br />que exatamente por nunca poder<br />ser alcançado<br />será eternamente cultuado?<br /><br />(Audrei Teixeira)</span>O LAMPEJOhttp://www.blogger.com/profile/03732533512051957496noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9097243329751838991.post-38569697253615278182013-06-21T12:59:00.004-07:002013-06-21T12:59:46.946-07:00R$ 0,20 -O Estopim de uma nova Era- parte 2O levante popular e espontâneo que está ocorrendo em muitas cidades do país já conquistou em várias delas a sua reivindicação inicial, a redução da tarifa do transporte público. No entanto, o povo continua na rua, afinal, motivos não faltam para protestar neste país. O Fora Feliciano, a PEC 37, o novo código florestal, os gastos excessivos com a copa do mundo, a corrupção, a falta de investimento em saúde e educação, a inflação... enfim, anos e anos de imobilismo e passividade que resultaram numa série de problemas econômicos, políticos e sociais que recentemente transbordaram com a questão da tarifa dos transportes.<br />
Contudo, o movimento começa a ganhar um caráter assustador. A direita e a ultra direita estão tentando se apossar da mobilização popular. Na manifestação de quinta -feira, dia 20/06, os partidos de esquerda foram impedidos de erguerem suas bandeiras. Por todos os lados viam-se pessoas com bandeiras do Brasil e do Estado de São Paulo, cantando o hino nacional. Falou-se muito em revolução. Ótimo! Quem nunca sonhou com este dia em que a revolução estaria em pauta? Mas de qual revolução se fala? Isso é que é assustador, pois a direita está tentando tomar a frente das mobilizações com o intuito de dar um golpe. E essa história nós já vimos antes no nosso país quando a esquerda estava se organizando em torno do governo Jango por reformas de base, aí veio a direita e... Todo mundo já sabe o fim dessa história.<br />
É fundamental que a mobilização popular continue e ela vai continuar, pois como se trata de um movimento espontâneo ninguém vai conseguir segurar. Mas para que ela tenha efeito é necessário que a esquerda se una em torno de uma bandeira comum e tome a frente do processo, pois se a esquerda não fizer isso a direita vai fazer.<br />
É necessário ter claro que o inimigo é um só: o capitalismo, este sistema nefasto e explorador. Não vamos permitir que os capitalistas se apropriem da mobilização popular para tornar algo ruim ainda pior.<br />
Portanto, clamamos pela união do povo e da esquerda em torno de uma bandeira transitória,de reformas básicas, rumo ao socialismo.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />O LAMPEJOhttp://www.blogger.com/profile/03732533512051957496noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9097243329751838991.post-28160018970901193202013-06-21T09:49:00.001-07:002013-06-21T09:49:33.802-07:00
<div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><b>R$
0,20: O estopim de uma Nova Era</b></span></span></div>
<div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><b> </b>Em
1968 um grupo de estudantes da Universidade de Nanterre, na França,
decidiu se rebelar contra as medidas autoritárias tomada pela
reitoria da Universidade. O reitor proibiu que os homens entrassem no
dormitório das mulheres, da moradia estudantil. Em pouco tempo o
protesto contra um regime educacional opressor se espalhou pelas
demais universidades, como a Sorbonne, e foi incorporando cada vez
mais reivindicações à sua pauta, em dois meses já não eram mais
apenas os estudantes que protestavam e sim, operários, trabalhadores
de todas as idades que exigiam nada menos que: “Tudo já”.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"> Em
pouquíssimo tempo a manifestação dos estudantes se transformou
numa greve geral que se espalhou por toda a França e depois para
vários outros países, como a Bélgica, Itália, Alemanha, Estados
Unidos, Brasil, entre outros. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"> O
Maio de 68 se transformou no marco de uma nova Era, causando uma
enorme revolução nos costumes, influenciando novas ideias e
pensamentos nas ciências sociais e políticas, colocando a liberdade
como a pauta primordial do dia e deixando claro que seja qual for a
reivindicação, por menor que ela pareça (só pareça, pois nada é
secundário quando se trata de justiça social) a raiz é sempre uma
só: Este sistema opressor e explorador chamado <b>capitalismo</b>.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"> Recentemente
no Brasil vivenciamos um movimento que se assemelha em muitas coisas
ao Maio de 68. Manifestações espontâneas de grupos de jovens que
reivindicavam pautas específicas, como as manifestações contra o
aumento da passagem dos ônibus e do metrô em São Paulo, e serviram
de estopim, canalizando a revolta de toda uma geração contra a
pseudo-democracia em que vivemos, onde os direitos fundamentais não
são respeitados.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"> Logo,
bandeiras como os gastos excessivos com a copa do mundo, dinheiro que
deveria ser investido em saúde, educação, transporte público,
entre outras coisas, além de bandeiras como o “Fora Feliciano”,
“abaixo a PEC 37”, entre inúmeras outras, foram agregadas ao
movimento.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"> Em
diversas capitais do país, como Rio de Janeiro, Porto Alegre,
Brasília, Vitória, Salvador, Curitiba, entre outras, estão
correndo manifestações contra o aumento das tarifas dos
transportes, os gastos excessivos coma copa, a corrupção, etc.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"> Em
diversas capitais da Europa, como Londres, Paris, etc, os brasileiros
que lá residem também foram às ruas em apoio às manifestações
que aqui ocorrem.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"> Este
é sem dúvida o auge da mobilização desde o fim da década de 80,
momento em que o movimento operário e pela redemocratização do
país estava em ascenso. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"> “Não
é só pelos 20 centavos!”- dizem os manifestantes de São Paulo.
Embora a reivindicação contra o aumento da tarifa seja muito justa
ela acabou sendo o estopim de uma revolta muito maior que estava
entalada na garganta do povo brasileiro nas últimas décadas.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;"> O
povo finalmente acordou. Agora é fundamental a compreensão de que
todas estas bandeiras que reivindicamos têm uma única raiz, é
fundamental perceber que o inimigo é um só: O <b>capitalismo</b>. E
enquanto este não for destruído e substituído por um sistema
social mais justo, livre e fraterno, nossa luta não findará.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;">Audrei
Teixeira. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
O LAMPEJOhttp://www.blogger.com/profile/03732533512051957496noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9097243329751838991.post-42045516356469391692013-04-22T10:44:00.002-07:002013-04-22T10:44:33.052-07:00Resenha: Teses sobre o conceito de História de Walter Benjamim <div class="MsoNormal" style="background: white; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="color: #474b4e; font-family: Helvetica;">Walter Benjamim nos propõe um método historiográfico baseado num materialismo histórico não ortodoxo, ou seja, que não deixe de levar em consideração as questões subjetivas da humanidade, suas questões “espirituais”. Ele propõe uma fusão do materialismo com a teologia, ou seja, uma visão da história que não leve em conta apenas a “luta pelas coisas brutas e materiais”</span><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=9097243329751838991#_ftn1" name="_ftnref1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><b><span style="color: #dd6599; font-family: Helvetica;">[1]</span></b></a><span style="color: #474b4e; font-family: Helvetica;">, as necessidades materiais não excluem as necessidades espirituais (morais, subjetivas), uma vez que matéria e espírito (entendido aqui como a alma, a subjetividade do ser) são indissociáveis.<br />A luta de classes é o eixo a partir do qual Benjamim analisa a história, para ele “O cronista que narra os acontecimentos, sem distinguir entre os grandes e os pequenos, leva em conta a verdade de que nada do que um dia aconteceu pode ser considerado perdido para a história”</span><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=9097243329751838991#_ftn2" name="_ftnref2" style="mso-footnote-id: ftn2;" title=""><b><span style="color: #dd6599; font-family: Helvetica;">[2]</span></b></a><span style="color: #474b4e; font-family: Helvetica;">, a história é vista do ponto de vista dos vencidos e somente redimida da sua exploração e opressão a humanidade poderá apropriar-se totalmente de seu passado.<br />Na própria luta de classes está inserida uma série de valores que não são apenas materiais, como a confiança, a coragem, o humor, a astúcia e a firmeza.<br />O passado não pode ser apreendido tal como ele foi, ele é apreendido do ponto de vista do presente, “o passado só se deixa fixar como imagem que relampeja irreversivelmente (...)”</span><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=9097243329751838991#_ftn3" name="_ftnref3" style="mso-footnote-id: ftn3;" title=""><b><span style="color: #dd6599; font-family: Helvetica;">[3]</span></b></a><span style="color: #474b4e; font-family: Helvetica;">, a história é uma releitura do passado a partir do presente. Benjamim aponta esta como mais uma diferença entre o materialismo histórico e o historicismo que enxerga o passado como uma sucessão de acontecimentos, um decorrente do outro.<br />Conhecer o passado é “apropriar-se de uma reminiscência, tal como ela relampeja no momento de um perigo”</span><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=9097243329751838991#_ftn4" name="_ftnref4" style="mso-footnote-id: ftn4;" title=""><b><span style="color: #dd6599; font-family: Helvetica;">[4]</span></b></a><span style="color: #474b4e; font-family: Helvetica;">, o perigo, no caso, é entregar-se as classes dominantes como seu instrumento, quando o inimigo vence este se apropria do passado, se apropria da história como uma forma de dominação. E Benjamim deixa claro que o inimigo não tem cessado de vencer, nada mais verdadeiro para quem assistiu a ascensão do nazi-fascismo.<br />A função do passado é também a de tirar as pessoas do conformismo.<br />O materialismo histórico rompe com a concepção de história que tenta compreender uma época sem levar em conta o que veio depois, esta concepção da história, o historicismo, se baseia na empatia com os vencedores, empatia esta que serve à dominação.<br />Os bens culturais são os despojos desta dominação, “nunca houve um monumento da cultura que não fosse também um monumento da barbárie”</span><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=9097243329751838991#_ftn5" name="_ftnref5" style="mso-footnote-id: ftn5;" title=""><b><span style="color: #dd6599; font-family: Helvetica;">[5]</span></b></a><span style="color: #474b4e; font-family: Helvetica;">, se compreende-se a história do ponto de vista dos vencidos, pois os bens culturais não se devem apenas à habilidade de gênios mas também à exploração de milhares de anônimos.<br />A história é a história da barbárie e da exploração, estas não são exceção e sim a regra, é necessário “construir um conceito de história que corresponda a essa verdade”</span><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=9097243329751838991#_ftn6" name="_ftnref6" style="mso-footnote-id: ftn6;" title=""><b><span style="color: #dd6599; font-family: Helvetica;">[6]</span></b></a><span style="color: #474b4e; font-family: Helvetica;">, ou seja, um conceito de história do ponto de vista dos vencidos, dos excluídos, dos dominados, é necessário também criar um estado de exceção na história, este estado de exceção seria a tomada do poder pelos vencidos e o fim da exploração e da opressão, ou seja, a Revolução.<br />A história deve ser compreendida como uma totalidade e não como um encadeamento de acontecimentos, o anjo da história está afastado daquilo que ele encara fixamente, ele encara a história de outra perspectiva, a partir do presente.<br />Benjamim critica a visão progressista da História, e compreende que a história até então tem sido construída a partir dessa concepção, o progresso, contudo, não fez mais do que ruínas e se permanecer levará a humanidade à destruição.<br />Ele critica também os “adversários do fascismo” aos quais chama de traidores, estes adversários do fascismo são os stalinistas e seus partidos comunistas, bem como o Estado Soviético. Em 1940 já estava claro o caráter totalitário do regime soviético, e às diversas traições dos partidos comunistas. Benjamim assistiu a mais terrível: o pacto de não agressão entre a Alemanha nazista e a URSS.<br />Critica também a social democracia tanto por seu conformismo quanto por sua fé no progresso, a social democracia corrompeu a classe trabalhadora com sua visão positiva do progresso técnico industrial e com a sua moral do trabalho, é na moral do trabalho e na visão progressista da sociedade, e Benjamim compreende isso muito bem, que residem os princípios da tecnocracia que levam ao fascismo.<br />A crítica de Benjamim ao trabalho se refere também à relação depredatória deste com a natureza, à relação utilitária da natureza pela sociedade em nome do progresso técnico e da produção de mercadorias.<br />“O sujeito do conhecimento histórico é a própria classe combatente e oprimida”</span><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=9097243329751838991#_ftn7" name="_ftnref7" style="mso-footnote-id: ftn7;" title=""><b><span style="color: #dd6599; font-family: Helvetica;">[7]</span></b></a><span style="color: #474b4e; font-family: Helvetica;">, sua tarefa é a de consumar sua libertação em nome das gerações passadas ao contrário do que diz a social democracia, que lhe atribui a tarefa de salvar as gerações futuras.<br />A história não é um tempo vazio e homogêneo, mas um tempo saturado de “agoras”, o passado é revisitado do ponto de vista do presente, a revolução é a ruptura com o continuum da história.<br />Benjamim também discute a questão do tempo, ele opõe o tempo do calendário, que é o tempo da história, com seus feriados e suas rememorações ao tempo do relógio que é um tempo mecânico, o tempo da opressão, da produção capitalista.<br />Ao contrário do historicismo que tem uma visão de história universal, que segundo Benjamim, não tem armação teórica mas se ampara na massa dos fatos, o materialismo histórico tem um princípio construtivo, ele avalia tanto o movimento de idéias quanto a imobilidade destas, o que representa um choque, uma imobilização messiânica dos acontecimentos, uma oportunidade de ruptura, de revolução.<br />Por fim, o tempo de agora é uma síntese de toda a história da humanidade, em que a memória dos oprimidos deve ser resgatada pelo presente.<br /><br />*<br /><br />Walter Benjamim traz de volta à vida o materialismo histórico quando o complementa com uma visão messiânica. Sem a teologia o materialismo não é mais que um autômato, um modelo determinista de explicação da história, que não rompe com a visão evolucionista de progresso.<br />O materialismo por si só (sem com isso querer negar os seus méritos e suas contribuições) subjuga o indivíduo e a humanidade a determinações econômicas, sem levar em conta que a própria economia também é uma construção cultural, já que a economia é a natureza transformada por uma comunidade de acordo com seus ritos, e seus costumes, além de suas necessidades.<br />Complementando o marxismo com uma visão teológica, Benjamim traz de volta o Humanismo ao marxismo, pode parecer contraditório afirmar que a partir da teologia se trata das questões humanas, mas é exatamente isso o que ocorre com esta obra de Benjamim, que propõe uma visão da história a partir das pessoas, e de um grupo determinado de pessoas, os vencidos.<br />Embora, esta visão determinista e progressista da história seja fruto mais dos políticos traidores que Benjamim critica, stalinistas e social-democratas, que do próprio Marx, Benjamim vai além de Marx, complementando o materialismo com o messianismo que lhe faltava.<br />Benjamim é inovador ao propor uma história do ponto de vista dos vencidos, isto é mais do que simplesmente lançar um olhar sobre os que ficaram excluídos dos textos da história oficial, na realidade o que ele propõe é que é uma “história vista de baixo” de fato, é trazer à luz o ponto de vista daqueles que fizeram a história com seu trabalho (escravo, servil, industrial) e seu sofrimento, e trazer à tona uma tarefa para o presente, a libertação desses vencidos da história, em nome de todos os vencidos que não tiveram seus nomes gravados em documentos e nem tiveram estátuas erguidas em seu nome.<br />Décadas antes de os teóricos começarem a compreender (um processo que começou mais ou menos em 1968, mas que só se consolidou após 1989) o perigo de uma visão progressista e evolucionista, Benjamim já tinha claro que o progresso, e a barbárie que é fruto deste, eram a regra na história, ele viveu para ver por qual caminho o progresso industrial e o tecnicismo levariam a humanidade: ao nazi-fascismo.<br />Quanto a sua visão de que o progresso levaria a humanidade à ruína, a história nos deu inúmeros exemplos do quanto ele estava (e está) correto.<br />Ele compreendeu muito antes de muitos os impactos deste progresso e da moral do trabalho sobre a natureza, por exemplo.<br />Além de servir à exploração de uma classe sobre a outra, a moral do trabalho serve também para justificar a exploração da natureza (assim como o fetichismo da mercadoria serve para justificar a moral do trabalho, trabalha-se para consumir), contudo, os altos índices de produção, fruto dos “avanços” técnicos da segunda revolução industrial, que permitiriam uma jornada de trabalho reduzida, não são utilizados com o fim de atenuar o fardo das classes trabalhadoras e sim de aumentar a extração de sua mais valia relativa e de aumentar a produção para níveis impossíveis de consumo, os impactos dessa “superprodução” na natureza estão cada vez mais nítidos hoje, Benjamim já apontava isso em 1940.<br />Outra contribuição importante de Benjamim é sua crítica tanto à traição stalinista, quanto ao conformismo social-democrata, o que demonstra que mesmo fazendo revisões no marxismo (o que não é um crime, como condenam os stalinistas) ele mantém sua radicalidade como revolucionário.<br />Isso é tão claro em sua obra, principalmente quando ele aponta o “salto dialético da revolução” como a única maneira possível de romper o contínuo da história, e de criar um estado de exceção, já que a regra é a barbárie e a exploração, frutos do progresso.<br />Benjamim escreve suas teses como quem escreve poesia, não podemos então cometer o erro de deixar de mencionar uma belíssima passagem da tese VII:<br />“Nunca houve um monumento da cultura que não fosse também um monumento da barbárie. E, assim como a cultura não é isenta de barbárie, não o é, tampouco, o processo de transmissão da cultura. Por isso, na medida do possível, o materialista histórico se desvia dela. Considera sua tarefa escovar a história a contrapelo”.<br />Os monumentos da cultura são os despojos do dominador, afirma Benjamim, um monumento da cultura traz em si toda a dominação e exploração desses dominadores sobre os vencidos, uma estátua, de um “grande” imperador, vencedor, é construída com o trabalho e o sofrimento dos vencidos. Mais do que isso, a cultura dos vencedores é também uma cultura que legitima a dominação, por isso o materialista histórico, como Benjamim, não participa de sua reprodução. Sua tarefa é a de “escovar a história a contrapelo”, ou seja, caminhar no sentido contrário da história dos vencedores e construir uma história do ponto de vista dos vencidos. O presente tem um papel central para o historiador, é a partir dele que se compreende o passado, e é no “agora” que se deve romper com o contínuo da história. A revolução, portanto, é tarefa para agora, o futuro não existe e se o progresso técnico continuar caminhando em um ritmo tão acelerado, tem tudo para nunca existir.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="color: #474b4e; font-family: Helvetica;">Audrei Teixeira de Campos,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="color: #474b4e; font-family: Helvetica;">historiadora, escritora e professora.<br /><br /></span><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=9097243329751838991#_ftn8" name="_ftnref8" style="mso-footnote-id: ftn8;" title=""><b><span style="color: #dd6599; font-family: Helvetica;">[1]</span></b></a><span style="color: #474b4e; font-family: Helvetica;"> Tese IV.</span><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=9097243329751838991#_ftn9" name="_ftnref9" style="mso-footnote-id: ftn9;" title=""><b><span style="color: #dd6599; font-family: Helvetica;">[2]</span></b></a><span style="color: #474b4e; font-family: Helvetica;"> Tese III.</span><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=9097243329751838991#_ftn10" name="_ftnref10" style="mso-footnote-id: ftn10;" title=""><b><span style="color: #dd6599; font-family: Helvetica;">[3]</span></b></a><span style="color: #474b4e; font-family: Helvetica;"> Tese V.</span><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=9097243329751838991#_ftn11" name="_ftnref11" style="mso-footnote-id: ftn11;" title=""><b><span style="color: #dd6599; font-family: Helvetica;">[4]</span></b></a><span style="color: #474b4e; font-family: Helvetica;"> Tese VI.</span><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=9097243329751838991#_ftn12" name="_ftnref12" style="mso-footnote-id: ftn12;" title=""><b><span style="color: #dd6599; font-family: Helvetica;">[5]</span></b></a><span style="color: #474b4e; font-family: Helvetica;"> Tese VII.</span><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=9097243329751838991#_ftn13" name="_ftnref13" style="mso-footnote-id: ftn13;" title=""><b><span style="color: #dd6599; font-family: Helvetica;">[6]</span></b></a><span style="color: #474b4e; font-family: Helvetica;"> Tese VIII.</span><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=9097243329751838991#_ftn14" name="_ftnref14" style="mso-footnote-id: ftn14;" title=""><b><span style="color: #dd6599; font-family: Helvetica;">[7]</span></b></a><span style="color: #474b4e; font-family: Helvetica;"> Tese XII.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<br /></div>
<div style="mso-element: footnote-list;">
<br clear="all" /><hr align="left" size="1" width="33%" />
<div id="ftn1" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<br /></div>
</div>
<div id="ftn2" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<br /></div>
</div>
<div id="ftn3" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<br /></div>
</div>
<div id="ftn4" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<br /></div>
</div>
<div id="ftn5" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<br /></div>
</div>
<div id="ftn6" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<br /></div>
</div>
<div id="ftn7" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<br /></div>
</div>
<div id="ftn8" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<br /></div>
</div>
<div id="ftn9" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<br /></div>
</div>
<div id="ftn10" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<br /></div>
</div>
<div id="ftn11" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<br /></div>
</div>
<div id="ftn12" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<br /></div>
</div>
<div id="ftn13" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<br /></div>
</div>
<div id="ftn14" style="mso-element: footnote;">
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<br /></div>
</div>
</div>
O LAMPEJOhttp://www.blogger.com/profile/03732533512051957496noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-9097243329751838991.post-90570392501459970532013-04-14T14:14:00.002-07:002013-04-14T14:14:50.043-07:00haikai nº 10<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
Seus olhos de mel</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
De brilho efusivo</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
Ofuscam o céu.</div>
O LAMPEJOhttp://www.blogger.com/profile/03732533512051957496noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9097243329751838991.post-70691565452584981122013-04-14T14:14:00.000-07:002013-04-14T14:15:58.996-07:00haikai nº7<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
Dia de tédio.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
Uma noite de paixão </div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
É meu remédio.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<br /></div>
O LAMPEJOhttp://www.blogger.com/profile/03732533512051957496noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9097243329751838991.post-13173761164175872552013-04-14T14:12:00.000-07:002013-04-14T14:12:06.950-07:00...suspenso...<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Um céu escuro, a noite estrelada</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Enfeitam meu verso sombrio</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Corre alta a madrugada</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
E dentro d’alma faz frio.</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Tudo é azul no universo, imenso.</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Não é inverno, nem faz verão.</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
O espaço está suspenso</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
E o tempo é uma ilusão.</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Penso nela e ela não está aqui</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
E para além do aqui nada importa.</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Não há o lá, o além, o ali.</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
A noite é finda e a manhã nasce morta.</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Penso nela e a desejo agora</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
E nada além do agora existe</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
A manhã parte, o dia vai embora</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
E a noite chega, de novo, mais triste.</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
São longos dias de dor e de pena</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Não cabe neles meu pranto contido</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Também não cabe em meu pobre poema</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Tanta tristeza e amor reprimido.</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
São longas noites de reza e de choro</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
à todos os deuses e aos bons serafins.</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Até os santos anjos em coro</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Rogam que um dia ela volte pra mim.</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Audrei Teixeira </div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>17/05/2012</div>
O LAMPEJOhttp://www.blogger.com/profile/03732533512051957496noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9097243329751838991.post-53127555184269274022013-04-07T09:53:00.001-07:002013-04-07T09:54:30.609-07:00SENSCIÊNCIA<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
SENSCIÊNCIA</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
SEM CIÊNCIA<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Audrei Teixeira</div>
O LAMPEJOhttp://www.blogger.com/profile/03732533512051957496noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9097243329751838991.post-77713360796478791732013-04-07T09:46:00.002-07:002013-06-19T12:49:23.100-07:00Eu vou te tomar de assalto!<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Eu vou te tomar de assalto!</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Como o proletariado em Paris.</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Derrubar teus muros</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
como os jovens de Berlim</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Saquear teu corpo</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Sitiar a tua alma</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
E te cobrir de flores</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Como numa primavera em Praga.</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Vou erguer barricadas</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
e trazer à tona todo o Amor</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
reprimido pelo asfalto.</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Vou cantar hinos</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Palavras de ordem</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Proclamando meu domínio sobre ti.</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Vou me perder em teus braços</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Para me reencontrar</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
um novo ser</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
numa nova sociedade</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
A Utopia</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
A Ilha de Lesbos</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
O Eldorado</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Vou fazer do meu poema um grito</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
pelos oprimidos</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Fazer do meu poema um pranto</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
pelos vencidos</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Fazer do meu poema um canto</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
de louvor e adoração</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
ao teu Ser</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Fazer deste poema um manifesto </div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
à favor do nosso Amor.</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Audrei Teixeira </div>
O LAMPEJOhttp://www.blogger.com/profile/03732533512051957496noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-9097243329751838991.post-421045298427753402013-04-07T09:41:00.000-07:002013-04-07T09:44:29.054-07:00 Permanência<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Por mais que o instante seja efêmero</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
algo que é eterno permanece em algum lugar</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
porque tudo o que há no Universo é pleno</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
e cada momento carrega em si </div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
a centelha que permeia o Todo</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
o tempo todo.</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Por mais que a gente viva</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
na ilusão do eterno agora</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
outros tempos, outros espaços</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
ocorrem simultaneamente </div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
em universos paralelos.</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Sendo assim o passado</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
é algo que ocorre ainda</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
em algum outro lugar.</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
E o futuro pelo qual ansiamos tanto</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
com a inocência da novidade</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
é algo que já vivenciamos</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
também em outros espaços.</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Aliás, quem é que pode definir</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
quando é que termina um tempo</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
e começa outro?</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Ou se as coisas com as quais sonhamos</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
que só vivenciamos na imaginação</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
são, de algum modo, menos reais?</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Será que nós não as vivemos</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
em algum mundo paralelo</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
e ao dormir</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
sonhamos com este aqui?</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Ou será que ambos os mundos</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
se complementam</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
e que é a nossa mente limitada</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
que enxerga tudo fragmentado</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
criando a ilusão do passado, </div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
presente e futuro</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
do real e irreal?</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Mas é certo que as coisas mudam.</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Não é?</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Mas existe um fio muito tênue </div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
que liga todas as coisas</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
e todas as realidades</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
onde quer que elas ocorram.</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Afora todas as mudanças</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
que transcorrem</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
ao longo do espaço/tempo</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
pelo Universo afora,</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
apesar da brevidade do instante</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
e da eterna impermanência de todas as coisas</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
existe algo em nossa alma imortal</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
que é imutável</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
que está sempre lá.</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Essa Essência está presente </div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
em todos os momentos</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
e todos os momentos </div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
estão presentes Nela.</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
E é por isso que eu </div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
te carrego dentro do peito</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
hoje e desde sempre,</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
hoje e para sempre.</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Mesmo você estando tão longe,</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
um lugar qualquer </div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
em um instante qualquer,</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
você estará sempre aqui</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
no eterno agora</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
dentro de mim.</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Audrei Teixeira</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>(em um dia qualquer no espaço/tempo...)</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<br /></div>
O LAMPEJOhttp://www.blogger.com/profile/03732533512051957496noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9097243329751838991.post-5366783494956499752013-04-07T09:33:00.000-07:002013-04-07T09:33:04.953-07:00Haicai nº1<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Menina louca!</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O teu prazer pulsava</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Na minha boca.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Audrei Teixeira</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<br /></div>
O LAMPEJOhttp://www.blogger.com/profile/03732533512051957496noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9097243329751838991.post-83334614280016198402013-04-07T09:29:00.000-07:002013-04-07T09:30:44.085-07:00Evanescência<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Eu sei que as coisas são efêmeras.</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Mas será que precisam ser assim tão fugazes?</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Ou será que o espaço/tempo está se movendo </div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
cada vez mais rápido?</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
De modo que as coisas que antes nós julgávamos eternas</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
agora nós percebemos que não tem</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
mais importância alguma?</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<br /><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Audrei Teixeira</div>
O LAMPEJOhttp://www.blogger.com/profile/03732533512051957496noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9097243329751838991.post-40883134894277941892013-04-07T09:24:00.002-07:002013-04-07T09:24:28.838-07:00Deixa eu navegar nos teus braços<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Deixa eu navegar nos teus braços</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Flutuar no teu querer</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Mergulhar nos teus passos</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Me afogar no teu ser</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Deixa eu transpirar nos teus sentidos</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
em teu corpo convexo</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Suspirar nos teus gemidos</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
e gozar no teu sexo</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Deixa eu passear na tua pele quente</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Em teu âmago clandestino</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Viajar no teu olhar ardente</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
E me perder no teu destino</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Deixa eu sugar a tua língua</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
E sorver a tua boca</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Pra eu não morrer à míngua</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Dessa fantasia louca</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Deixa eu viver nas tuas pernas</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Reviver no teu espasmo</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Ironia pós-moderna</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
Transcender no teu orgasmo.</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Audrei Teixeira</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<br /></div>
O LAMPEJOhttp://www.blogger.com/profile/03732533512051957496noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9097243329751838991.post-72465255032013729922013-03-30T13:02:00.000-07:002013-03-30T13:02:49.748-07:00Eu não quero uma vida Fast food! <div class="MsoNormal" style="background: white; margin: 0cm 0cm 12pt;">
<span style="color: #474b4e; font-family: Helvetica;">Eu não quero uma vida fast food.<br />Não vou fazer amor com seu dinheiro.<br />A minha alma não está a venda no mercado.<br />meus medos não flutuam com o câmbio.<br /><br /><br />Não quero uma vida financiável.<br />Viver aos poucos em suaves prestações.<br />Fingindo orgasmos<br />Fingindo que sou o que não sou.<br /><br />Não vou viver dando risadas falsas<br />Nem ocultando o choro <br />Reprimindo o grito<br />A minha fúria não é negociável.<br /><br />Não vou vender meu tempo baratinho<br />Mais uma peça na linha de produção<br />Não vou deixar que me tratem como máquina<br />e atirem ao lixo o que ainda me resta de humano.<br /><br />Meus momentos de prazer e de orgia<br />Minhas horas de choro e de alegria<br />Isto eu não vendo, não troco, não financio.<br />Eu só dôo, empresto, e compartilho.<br /><br />Porque os juros do que não se fez<br />São exorbitantes<br />E um sonho não consumado<br />É impagável.<br /><br />Não se quita uma dívida com a vida.<br />Credora implacável<br />ela não aceita nenhum pagamento<br />além de si mesma.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<br /></div>
(Audrei Teixeira)O LAMPEJOhttp://www.blogger.com/profile/03732533512051957496noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9097243329751838991.post-55605640965859143842013-03-30T12:55:00.002-07:002013-03-30T12:55:42.755-07:00Se você soubesse o quanto eu te amo... <div class="MsoNormal" style="background: white; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="color: #474b4e; font-family: Helvetica;">Ah! Se todas as pessoas soubessem<br />que o que elas tem de melhor<br />é essa capacidade de se perder<br />de se entregar totalmente<br />sem sair do lugar.<br />Ah! Se o mundo todo soubesse <br />Que o que há de melhor em mim<br />é essa necessidade de não existir<br />para além de ti.<br />Ah! Se você soubesse<br />que o que há de melhor em ti<br />é essa capacidade<br />de converter um gesto<br />num sorriso.<br />Se todas as pessoas soubessem<br />todas, você, todo mundo<br />soubesse intensamente,<br />como eu sei agora<br />que não é preciso saber nada.<br />Não. Nem é possível saber coisa alguma<br />e que isso pouco importa, aliás.<br />Porque toda a racionalidade foge ao seu lado.<br />e a razão se deita sob os seus pés<br />quando você passa<br />para ser esmagada<br />pelo seu fulgor.<br />E que eu, <br />se pudesse escolher<br />entre ser racional, <br />sábia, pretensa filósofa<br />e compreender <br />as finalidades mesquinhas dessa existência vil<br />jogava tudo isso na lata do lixo<br />e determinava<br />que o amor existe<br />apenas para ser amado<br />que o amor jamais pode ser questionado<br />e principalmente<br />que uma força como essa <br />que não pode ser compreendida<br />que não pode ser questionada<br />que não pode ser racionalizada<br />não poderia, jamais,<br />ser negada.<br /><br /><br /><br /> Audrei Teixeira <br /> 10/12/2011 <o:p></o:p></span></div>
O LAMPEJOhttp://www.blogger.com/profile/03732533512051957496noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-9097243329751838991.post-46621302576702584232013-03-30T12:54:00.002-07:002013-03-30T12:54:48.726-07:00A transcendência mora no seu olhar... <div class="MsoNormal" style="background: white; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="color: #474b4e; font-family: Helvetica;">Eu não existo para além de ti.<br />Isto é algo que já tenho claro.<br />Mas não pense que é porque quando você passa<br />o seu cheira sublima todos os aromas ao redor<br />e a rosa<br />(Pobre rosa!)<br />Num instante deixa de ser rosa<br />e tem roubado o que existe de mais seu <br />essencialmente.<br />Não. Não é porque quando você passa<br />o céu deixa de ser céu<br />pois a transcendência <br />deixa de morar no horizonte<br />e passa a habitar o teu olhar.<br />Nem é porque o sol<br />perde todo o seu brilho<br />e vai se esconder, tímido,<br />no poente<br />para não ser ofuscado pelo brilho que <br />emana do teu sorriso.<br />Nem é porque o ar<br />perde a fala,<br />o vento perde a respiração<br />nem porque os pássaros<br />decidem que voar perdeu o sentido.<br />Não é porque a lua<br />se esconde atrás das nuvens<br />triste<br />por não poder te namorar.<br />Não. Não penses que roubas a beleza das coisas.<br />As coisas é que só existem para te servir<br />como pano de fundo.<br />O universo, papel de parede, paisagem<br />para tudo o que existe<br />Você.<br />As coisas só existem, <br />não penses que é para te dar o prazer de contemplá-las.<br />Não. É para dar à elas o falso prazer <br />de serem contempladas por você.<br />Sendo que na realidade<br />São elas que te contemplam.<br />É o ar que te respira.<br />É você que exala o perfume das rosas.<br />E o sol apenas reflete o brilho que emana do teu ser.<br />E eu só tenho consciência de que existo<br />porque posso ver meu sorriso <br />refletido no teu olhar.</span></div>
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<span style="color: #474b4e; font-family: Helvetica;"> (Audrei Teixeira)<o:p></o:p></span></div>
O LAMPEJOhttp://www.blogger.com/profile/03732533512051957496noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9097243329751838991.post-74079005784425474302013-03-30T12:51:00.003-07:002013-03-30T12:51:52.991-07:00Releitura <div class="MsoNormal" style="background: white; margin: 0cm 0cm 12pt;">
<span style="color: #474b4e; font-family: Helvetica;">Escrever! Escrever!<br />Escrever até que o mundo acabe!<br />O mundo inteiro desabando<br />E o poeta ali sentado.<br />Coitado!<br />Mas, <br />já não lhe basta cantar as próprias dores<br />Quer ainda cantar as dores alheias?<br />Já não lhe basta viver a própria angústia,<br />deve ainda ele incomodar-se da misteriosa condição humana?<br />Da nebulosa condição humana?<br />Da degradante condição humana?<br />Mas, e quando estancar o sangue do último ferido?<br />E quando parar de ressoar o último estampido,<br />da última bala perdida<br />no meio de uma guerra qualquer <br />ou ainda em tempos de paz? <br />(mas se trata da pax romana?<br />deve ser uma releitura)<br />E quando calar o último grito<br />do fundo de um porão gelado<br />em um país qualquer da América?<br />Latina. Ou não.<br />E quando explodirem as últimas bombas?<br />Não será apenas uma releitura daquela primeira explosão?<br />Aquela que deu origem ao universo <br />E que se repete todos os dias<br />Na cólera convulsiva<br />Na voz de uma diva do jazz<br />No grito de um manifestante contra a guerra no Iraque<br />ou no Afeganistão<br />No gozo de um casal de amantes<br />Sejam eles hetero ou não.<br />Pouco importa.<br />Aquela explosão que deu origem ao primeiro instante<br />E que, dizem, se propaga infindamente, <br />dando origem ao universo <br />o qual, segundo consta,<br />ainda está em expansão desde bilhões de anos<br />e por bilhões de anos ainda mais.<br />Mas, atenham-se àquele primeiro instante!<br />O da explosão<br />Não será ele o mesmo instante em que o poeta escreve agora?<br />Quanto tempo dura um instante?<br />Os físicos não saberiam explicar<br />Qual a duração de um momento?<br />Eis uma grande questão sobre a qual se debatem filósofos <br />sem, no entanto, chegarem à conclusão alguma.<br />Eis a função do poeta.<br />Demonstrar a simultaneidade do tempo<br />Fazer ouvir o grito que já se calou,<br />Gritar a ferida que já se curou,<br />Trazer lá do fundo da alma<br />à zona mais clara do consciente <br />as maiores angústias ancestrais<br />E mostrar que ainda se sente o medo <br />que nos fez chorar na noite passada.<br />Aliás, que sempre se sentiu <br />E sempre se sentirá.<br />Pois tudo o que foi ainda será eternamente<br />Com diz a lei do eterno retorno<br />Mas não exatamente igual<br />Como uma releitura<br />Escrita por um poeta bêbado<br />Sentado no boteco mais degradado<br />Cercado de prostitutas,<br />Aliás, de uma nobreza de caráter invejável.<br />“Não é possível escrever poesia depois de Auschwitz” – dizia o filósofo<br />Pois é exatamente depois de Auschiwitz que a poesia se torna possível<br />E necessária<br />Para mostrar que auschiwitz nunca acabou e nunca acabará<br />Para não permitir que se esqueçam os gritos <br />E os gemidos.<br />Mas e as bombas?<br />E quanto às bombas,<br />Elas não acabarão de uma vez por todas com a humanidade?<br />De que vale escrever poesia então?<br />Isso não vai fazer diminuir o preço do pão.<br />Nos tornará mais livres talvez.<br />Ou não.<br />É importante lembrar que um dia existiu o amor,<br />Sim, existiu o amor,<br />Mas isso já faz muito tempo,<br />Foi na década de 60<br />Antes do vírus.<br />Mas ainda restam fragmentos desse amor, <br />em pedaços de guardanapos<br />e em grãos de areia escondidos sob as ruas de Paris.<br />E o que resta da vida senão a epígrafe?<br />O poema nada mais é que uma epígrafe então:<br />“Aqui jaz a humanidade,<br />Sucumbiu sobre o jugo de sua própria ganância,<br />Fruto de sua ignorância<br />E de sua inteligência,<br />Que é sua contraparte.<br />Padeceu sob a tirania de si mesma<br />Em que homens dominavam homens,<br />Dominavam mulheres<br />E maltratavam as crianças<br />Destruíram tudo o que o universo pôde criar de mais belo<br />Mataram suas divindades<br />Às quais deram vários nomes,<br />Mas que poderiam ter chamado somente de Natureza.<br />Venderam seu tempo, suas virtudes, sua dignidade, <br />Trocaram por um pedaço de papel <br />Que eles trocavam por mercadorias<br />Num lugar chamado mercado.<br />Criaram leis que restringiam sua liberdade,<br />coibiam os amores <br />e proibiam a felicidade.<br />Aqui jaz a humanidade.”<br />Eis a epígrafe, <br />Eis o poema.<br />No mesmo instante em que tudo se dissipa, <br />ele faz uma releitura <br />implacável<br />das ruínas ao seu redor.<br style="mso-special-character: line-break;" /><br style="mso-special-character: line-break;" /><o:p></o:p></span></div>
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<br /></div>
(Audrei Teixeira)O LAMPEJOhttp://www.blogger.com/profile/03732533512051957496noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9097243329751838991.post-49866264610462454912013-03-30T12:49:00.002-07:002013-03-30T12:49:54.923-07:00A Loucura Como Ato Político <div class="MsoNormal" style="background: white; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="color: #474b4e; font-family: Helvetica;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Que os padrões ditos “normais” que regem a sociedade são utilizados como meio de manipulação e massificação dos indivíduos, roubando a sua autenticidade e enquadrando-os dentro dos propósitos do sistema social vigente, já é sabido. Contudo, é interessante e esclarecedor, antes de discutirmos o papel da “loucura” como ato de resistência, discutirmos mais acerca da dita “normalidade”.<br /><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Segundo a definição dos dicionários normal é tudo aquilo que segue a norma, ou seja, algo que não foge às regras impostas, que não contesta, nem questiona, qualquer um que questione as normas, que fuja às suas imposições, que se rebele é, portanto, considerado, anormal.<br /><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Nesta sociedade patriarcal, machista, heteronormativa<a href="http://www.blogger.com/null" name="sdfootnote1anc"></a><a href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=4570517398598587823#sdfootnote1sym"><span style="color: #dd6599;"><span style="mso-bookmark: sdfootnote1anc;"><b>1</b></span><span style="mso-bookmark: sdfootnote1anc;"></span></span></a><span style="mso-bookmark: sdfootnote1anc;"></span> e capitalista, o dito normal é aquele que expressa estas características, ou seja, o indivíduo integrado a uma família comandada por um Pai e submissa a este, um indivíduo que trabalha (e trabalha muito) e se dedica ao seu trabalho acima de qualquer outra coisa, faz deste trabalho a sua vida, sem questionar, nem contestar, vende seu tempo e seu corpo por um preço bem pequeno, produz e o lucro obtido com essa produção fica para outra pessoa (o patrão) e acha isso... normal. Mantém relações sexuais apenas com pessoas do sexo oposto, mesmo que no íntimo esta não seja a sua preferência e muitas vezes sem se questionar se é isso mesmo o que realmente o satisfaz, simplesmente porque é normal, acredita que sua cultura e sua religião (aliás, que também são construções sociais e imposições históricas ao indivíduo) são as únicas normais e que qualquer outra forma de cultura ou religião, qualquer outro grupo que desenvolva relações sociais diferentes destas, impostas ao indivíduo e que são as únicas que ele aceita, são “bárbaros” ou “inferiores”.<br /><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Que o discurso da “normalidade” sempre serviu aos diversos regimes políticos como meio de coerção também é sabido, que, ao longo de toda a história, muitos daqueles que se opuseram às imposições de governos tirânicos, ou que se negaram a viver dentro dos padrões que a sociedade impunha, foram excluídos, enviados para “sanatórios”, mas não seria incorreto chamarmos de “prisões políticas da alma” a estes locais de prisão e de tortura para o qual eram (e ainda são) enviados nossos livres pensadores e aqueles que tentaram viver de maneira livre, sem as amarras das regras pré-estabelecidas e incontestáveis.<br /><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Porém, não é deste tipo de “loucura” que trataremos aqui, pois para nós já está mais do que claro ao que serve o discurso da “normalidade” e a opressão que sofrem todos os que se opõem às normas pré-estabelecidas, bem como o nosso repúdio tanto à opressão, quanto às normas e a sociedade que as impõe.<br /><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Entretanto, este pequeno texto tem por objetivo tratar de outro tipo de “loucura”, que são as neuroses geradas por esta caótica e cruel sociedade capitalista, ou simplesmente as angústias inerentes à própria condição humana, mas que no capitalismo, por não terem um espaço para serem debatidas e “trabalhadas”, muitas vezes adquirem um caráter “patológico”.<br />É neste sentido que defendemos que a “loucura” traz em si um caráter político, de resistência.<br /><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>As neuroses, o surto, o grito, nada mais são do que o não oprimido na garganta, entalado, o não que gostaríamos de dizer ao patrão tirânico, à professora opressora, ao ônibus lotado, ao relógio, o despertador especialmente, às humilhações e privações sofridas dia-a-dia.<br /><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Uma máquina quando você humilha, quando você bate, quando você dá ordens e a faz executar incessantemente a mesma tarefa, milhares de vezes, sempre da mesma maneira, sem nenhuma alteração, mínima que seja, ela não reage, ela executa infinitas vezes a mesma tarefa sem se extenuar, até o esgotamento total e quando ela quebra você joga fora, sem nenhuma culpa e simplesmente a substitui por outra.<br /><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Uma das maiores contradições do sistema capitalista é transportar esse tratamento dado às máquinas aos seres humanos, a diferença, entretanto, é que um ser - humano não é uma máquina, não é uma pedra, não é uma latinha de coca-cola, o ser humano, ao contrário, ele grita, uma hora ele berra, ele cansa, chora, de uma maneira ou de outra ele reage. Resiste.<br /><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Seja gritando, seja pegando bolinhas no ar, ou enxergando bichos na parede, de um jeito ou de outro parece haver algo na natureza humana que o obriga a resistir, mesmo que de maneira incipiente e inconsciente, esta, sem dúvida, é uma das grandes diferenças entre os seres animados (que tem anima, alma) e os objetos inanimados, uma pedra se você chuta, ela rola, no máximo, uma pessoa não, se você chuta, ela grita, ela xinga, chora ou te chuta de novo, mas ela reage de alguma maneira.<br /><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Deitado na cama chorando o indivíduo diz (quando tem força para dizer) –“Hoje não vou trabalhar”- o que pouca gente compreende é que algumas pessoas chegam a um ponto em que preferem morrer à enfrentar o fardo da eterna repetição diária de uma atividade inútil, sem sentido e principalmente, que não causa o mínimo prazer.<br /><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Isso é resistência também, não uma resistência elaborada, com embasamento teórico, mas é, assim como o banditismo, uma atitude pré-revolucionária.<br /><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O mesmo se aplica à surtos psicóticos, crises ansiosas ou de pânico. Quantos operários não desenvolvem fobia da fábrica, de seu ambiente, seu barulho, quantos professores não tem crises de pânico ao entrar numa sala de aula?<br /><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>É claro, que não se trata aqui de fazer uma apologia destas tristes patologias geradas ou agravadas pela sociedade capitalista, mas de apontar que com seres humanos a coisa funciona de uma forma diferente, não se pode impedir uma pessoa de gritar a sua ira, ou de chorar a sua dor, ao contrário das máquinas, mais cedo ou mais tarde, o indivíduo vai externalizar a sua opressão de alguma forma e nem sempre estas formas são bonitas, nem sempre elas são sãs e calculadas, muitas vezes elas saem apenas como gritos, surtos, lágrimas.<br /><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Sem dúvidas, em outro modelo de sociedade, onde não haja a exploração de um indivíduo por outro, onde não haja opressão, machismo, nem preconceito, ainda haverá surtos, patologias, medos. Contudo, numa sociedade mais evoluída socialmente, mais sadia, será possível trabalhar melhor esses medos, as angústias naturalmente causadas pela misteriosa condição humana. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Com o tempo livre, por exemplo, depois que o ser - humano tiver se libertado das amarras do trabalho abstrato e alienado, com o ócio criativo, as atividades artísticas, o tempo de estudo, o ser - humano sem dúvida vai poder alimentar a sua alma, dessa forma, ele será cada vez mais diferente das pedras e cada vez com menos necessidade de gritar para não esquecer disso.<o:p></o:p></span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="background: white; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: right;">
<span style="color: #474b4e; font-family: Helvetica;"><br />Audrei Teixeira de Campos,<br />escritora, historiadora, professora.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="color: #474b4e; font-family: Helvetica;"><br /><a href="http://www.blogger.com/null" name="sdfootnote1sym"></a><a href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=4570517398598587823#sdfootnote1anc"><span style="color: #dd6599;"><span style="mso-bookmark: sdfootnote1sym;"><b>1</b></span><span style="mso-bookmark: sdfootnote1sym;"></span></span></a><span style="mso-bookmark: sdfootnote1sym;"></span> Que impõe normas heterossexuais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<br /></div>
O LAMPEJOhttp://www.blogger.com/profile/03732533512051957496noreply@blogger.com0